quinta-feira, 30 de julho de 2009

ILHA DO SAL, O TRÓPICO MORA AO LADO

É sina de arquipélago. Cada ilha tende a singularizar-se, por uma ou outra razão, de cariz geológico, climático, paisagístico. Assim é, também, em Cabo Verde, onde as dez ilhas (nove habitadas) que constituem esta constelação única entre África e Europa se apresentam como um impressionante mosaico e, por conseguinte, como um reservatório inesgotável de experiências de viagem (ver caixa). São, bem se pode escrever, ilhas para todos os gostos e paixões. E a mais popular - entendida aqui a que regista maior número de visitantes, é fatalmente a ilha do Sal.

Fatalmente, porque é aí que o turismo de massas encontra um mais acentuado potencial de expansão, quer pela existência de um aeroporto internacional, que recebe voos da Europa (a três horas de Lisboa), África e do continente americano, quer, sobretudo, pelas praias de areia branca e fina e águas cálidas e tropicais que as banham. O Sal, não registando as enchentes que caracterizam destinos de praia como as Caraíbas ou as Canárias, é uma ilha cada vez mais procurada por turistas que para as suas férias não desejam ocupar o tempo com mais do que uns mergulhos e uns diários abandonos aos raios solares, ainda que possam sempre acrescentar outros devaneios hedonistas ou, até, algumas práticas desportivas que têm o mar como cenário privilegiado.
A muito menos horas de viagem do que as suas concorrentes brasileiras ou das Caraíbas, as estâncias de veraneio cabo-verdianas apresentam ainda uma outra indiscutível particularidade: oferecem o ensejo de uma imersão num universo cultural onde as referências africanas e europeias (portuguesas, principalmente) se mesclaram de forma exemplar e única.

Sem comentários: