Com uma capacidade de 5.838 camas entre estabelecimentos hoteleiros e extra-hoteleiros, e cerca de 550 camas entre residências e apartamentos, sendo este último dado muito variável, atendendo ao ritmo de construção deste tipo de estruturas que, particularmente em S. Maria, vem aumentando a cada dia.
Os estabelecimentos hoteleiros da ilha do Sal acolhem 57,0 por cento do total das entradas, seguido das de Santiago com 20,1 por cento e de Boa Vista com 9,9 por cento, recebendo aproximadamente 333.354 turistas por ano (Fonte INE/Turismo 2008).
A ilha conta com cerca de 1978 empregados directos no sector turístico, 48,5 % em todo Cabo Verde.
A CABOCAN terminou toda a infra-estruturação básica, garantindo a funcionalidade (a rede viária, a rede de água, electricidade, saneamento, tratamento de águas residuais, jardinagem, etc.).
A TECNICIL, apesar das dificuldades derivadas da crise económica internacional, encontra-se na recta final, prevendo para breve a conclusão das casas unifamiliares, vivendas e condomínios fechados.
Aldeamento turístico de Murdeira: a segunda fase deste empreendimento arrancou apesar das dificuldades financeiras.
Aldeamento turístico de Murdeira: já se encontra na segunda fase e estão previstos mais 165 apartamentos.
O “Plan Strategique de Developpment du Turisme”, sintetiza em 5 pontos fundamentais o contexto cabo-verdiano na área do turismo em que, de acordo com os dados presentes, Sal é a ilha líder:
Forte concentração de turistas da mesma origem: no ano 2008, 73,5% dos turistas vieram de 4 países europeus: Reino Unido, Itália, Portugal, e Alemanha. Os do Reino Unido e os da Itália representaram quase a metade das chegadas.
Fraca frequentação da parte dos restantes países europeus: em 2008 só 199.904 turistas vêm de outras partes do mundo. Potenciais mercados como a Escandinávia, a Suíça e a Áustria, que têm um Standard de vida muito alto, emitem um fluxo turístico insignificante para Cabo Verde.
Destinação concentrada no Sal: em 2008, o Sal totalizou 57,0% das presenças, com Boa Vista, Santiago e São Vicente a perfazerem 37.6% e o restante nas outras ilhas.
Do Reino Unido, da Itália e de Portugal até ao Sal, quase metade do movimento turístico interessa a estes países. Em 2006, os turistas dos países de Itália e Portugal representaram 56.5% do movimento total. A partir de 2007 os turistas dos países do Reino Unido e Itália passaram a representar quase a metade do movimento total. Os excelentes resultados são consequência de uma boa promoção efectuada pelos operadores que dirigem as estruturas hoteleiras no Sal.
Os investimentos: continua a existir um domínio de investimentos portugueses e italianos em Cabo Verde.
O turismo, sendo a principal causa do desenvolvimento económico da ilha, arrasta atrás de si um elevado número de factores transformadores do bem mais precioso de uma sociedade que é a sua identidade. Na ilha estão identificadas mais de quarenta comunidades estrangeiras. Algumas delas com forte identidade cultural que exercem a sua influência na população local. É urgente que se crie meios e infra-estruturas para a preservação da cultura cabo-verdiana.
Um outro problema gritante da ilha é o crescente impacto negativo a nível social – o alcoolismo, a prostituição, a toxicodependência e a delinquência juvenil. O turismo cria oportunidades de negócio mas arrasta atrás de si muitos problemas sociais que precisam ser combatidos, conjugando esforços das autoridades locais e dos operadores turísticos.
Pesquisas recentes demonstram que os turistas escolhem os seus destinos de férias sobretudo com base no Clima, segurança, acessibilidade e preço, porém critérios éticos como a consciência ambiental e as condições de trabalho assumem cada vez mais importância nessa decisão. A tendência é que esses critérios ganhem cada vez mais importância, pelo que a oferta turística deverá adaptar-se a estas novas premissas.
Sem comentários:
Enviar um comentário